Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Os Doges de Veneza

Ciao, amigos!

Nossa, hoje o dia rendeu!! Fiz tanta coisa! Pra começar, hoje era o dia de trocar de hotel. É que Veneza é uma cidade com hospedagem muito cara, então eu fiquei metade da minha estadia naquele primeiro hotel, do qual falei em um post anterior e ficarei a outra metade do tempo nesse outro que é bem mais barato. Esse também é um hotel 3 estrelas,chama-se "Gorizia, a la Valigia" e fica na mesma rua do outro, mais especificamente,em frente ao anterior. Contudo, por ser 40% mais barato, tem muito menos glamour que o outro. O quarto é bom e limpo, porém, não tenho mais vista para o canal e aqueles mimos que o outro me dava ficaram pra trás...mas esse tem elevador e foi bem mais fácil subir com a mala! De qualquer modo, o que importa é a localização que não poderia ser melhor! Adoro estar ao lado da Piazza San Marco e ser acordada pelos sinos do campanário!



Depois de feito o check-in, fui passear e fazer um dos meus passeios muito esperados: O Palácio Ducal! Os Doges governaram Veneza por mil anos, eles eram nobres membros do clero que eram eleitos na cidade e conduziam um tribunal com um sistema de conselhos feito para impedir qualquer outro de tomar o poder.




O Palácio é gigantesco e toma uma manhã inteira de passeio. As salas são ricamente decoradas com pinturas de vários pintores venezianos, incluindo Tintoreto. Era impressionante a opulência de Veneza nos seus séculos de glória! Tudo era feito com muito ouro para mostrar o quanto a cidade era rica e o quanto os nobres daqui podiam viver de forma abastada e exibir ao mundo todas as suas conquistas.



Dentro do Palácio está a “Ponte dos Suspiros”, que, apesar do nome, não tem nada de romântica. Era dali que os prisioneiros condenados à morte tinham a última visão da cidade antes de serem conduzidos ao cadafalso. Apesar de essa parte do Palácio estar em reforma, ainda é possível fazer o mesmo percurso dos condenados. Fiquei ali um tempo observando Veneza por entre as treliças de pedra e tentando imaginar como se sentiam os prisioneiros que passaram por ali. Também é possível ao visitante passar pelas celas onde ficavam os prisioneiros. Foi dali que Casanova conseguiu escapar,em 1756, enquanto cumpria uma sentença de 5 anos por blasfêmia, magia e espionagem.



Deixando o Palácio dos Doges, rumei ao bairro de Dorsoduro que é um local onde se pode ver uma Veneza muito diferente dos cartões postais. Primeiro porque se passa por uma zona mais industrial, da qual pouco se ouve falar, depois porque é um lugar bem menos turístico que San Marco e, por isso, pelo canal, não se veem gôndolas passeando, apenas barcos de moradores ou táxis. Ali há uma Igreja muito bonita chamada “San Sebastiano”. Ali é a Igreja de Paolo Veronese, famoso pintor que está enterrado lá e cujas pinturas estão por toda a Igreja. Quem gosta dele deve vir ver, é lindo! O único problema é que a Igreja estava em obra e ficou complicado de captar a verdadeira beleza de suas obras.



Ali mesmo, em Dorsoduro, fui visitar a “Scuola Grande dei Carmini”, que é a sede veneziana da Ordem Carmelita, ricamente decorada com pinturas de Tiepolo, que fez pinturas bem sensuais apesar de o tema ser religioso. É muito bonita!



De lá, peguei o vaporetto e fui ao “Palazzo Mocenigo”, no bairro de San Polo. Ali era a casa de uma das mais antigas e abastadas famílias venezianas. As salas dão uma ideia de como vivia a nobreza naquela época, também há exposição de trajes usados pelos membros da família. É um palácio pequeno, com apenas 9 salas, mas gostei de visitá-lo.





Na volta, peguei um vaporetto que me trouxe a San Marco vindo por um outro caminho que eu ainda não tinha feito. É impressionante como, vista desse ângulo, Veneza parece mesmo saída das águas. É como aquelas miragens no deserto em que, de repente, tudo o que se vê é uma cidade surgindo da água. Assim aparece Veneza, como uma Vênus surgindo da laguna e me deixando cada vez mais deslumbrada com sua beleza! Não sei se pode existir no mundo um lugar mais lindo...Veneza é única e tem em sua peculiaridade todo o seu encanto.

Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010

Um comentário:

Unknown disse...

Que lindo post. Estive em Veneza. Mas não tive a oportunidade de adentrar nos museus.
Estava lendo o livro do Dan Brawn, fiquei com um terrível pesar de não ter ido.
Obrigada por trazer essas informações.

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